Tenho pensado bastante ultimamente na história de Jacó. Não se pode dizer que Jacó tinha um bom currículo. As Escrituras começam a descrevê-lo desde o nascimento como 'usurpador' e 'enganador'. A maneira predileta de Jacó conseguir aquilo que pretendia era através de negociações. Assim, ele negociou o direito de primogenitura com seu irmão, negociou seu casamento com Labão e tentou até negociar sua fidelidade para com Deus (Gn 28.20-22). Jacó vivia de acordo com um senso de justiça retributiva, baseada no mérito, pelo qual se eu não fizer a minha parte, Deus não vai me abençoar. Mas uma justiça baseada no mérito está destinada ao fracasso.
A história de Jacó é a história de todos nós. Ela nos mostra que o fundamento da justiça divina é a graça. Embora Jacó não tivesse um coração voltado para Deus, Deus continuou a abençoá-lo, pois a bênção de Deus não está restrita ao que eu faço, se sou ou não submissa e obediente à sua lei, mas no fato de Deus derramar sua graça sobre mim, independente do fato de eu ser merecedora ou não.
O perigo de condicionarmos as bênçãos de Deus ao nosso comportamento, achando que se errarmos Deus vai nos punir, e se formos 'bonzinhos' Ele irá nos recompensar, é que essa atitude nos torna exigentes e intransigentes, conosco e com os outros. Era assim que agiam os fariseus, duramente criticados por Jesus por suas atitudes legalistas e hipócritas.
Não somos melhores que Jacó. Somos pecadores como ele, e dependendes como ele da graça e da misericórdia de Deus.
segunda-feira, 29 de março de 2010
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Bem legal esse texto, mom...
ResponderExcluirConcordo com a Lígia.
ResponderExcluirE comento: os fariseus não só agiam assim como ainda agem. Como eu, de vez em quando.
Abraço, Xyko.